Ao longo das últimas décadas, o mundo corporativo vem procurando ressaltar conceitos, ferramentas, métricas e alternativas que tornem os times cada vez mais comprometidos, engajados e, sobretudo, felizes. Mas, o que é felicidade corporativa? Um cenário acolhedor, com empatia, onde os colaboradores sintam-se bem?
Recentes pesquisas realizadas pelo LinkedIn Brasil mostram que menos de 30% das pessoas estão de fato engajadas no trabalho. Altos níveis de engajamento geram a felicidade corporativa e, consequentemente, aumentam a retenção de talentos, reduzem o turnover, agregam valor à imagem das empresas e aumentam os índices de produtividade e lucratividade.
Tracy Maylett (CEO da DecisionWise nos EUA e autor do livro: MAGIC – Cinco Chaves para Destravar o Poder do Engajamento) diz que é possível estar engajado no trabalho, não necessariamente por causa da empresa e sim pela conexão entre as pessoas, sentimento de pertencimento, possibilidade de crescimento pessoal e profissional.
As cinco chaves do MAGIC são fundamentais para estruturar e manter uma equipe engajada:

Diante deste contexto somado à minha experiência de mais de 30 anos na área de Recursos Humanos, julgo pertinente abordar os impactos das habilidades interpessoais / comportamentais, inteligência emocional, resiliência, adaptabilidade, escuta ativa (chamadas de soft skills) no engajamento dos colaboradores, nas organizações.
Como as soft skills estão atreladas à personalidade dos indivíduos, todos estes fatores serão influenciados pelo conhecimento, experiências vividas, expectativas e metas a serem alcançadas. Note que as habilidades comportamentais e interpessoais permeiam o dia a dia do ambiente de trabalho. Quantas vezes já tivemos que administrar conflitos que são ocasionados por falta de empatia ou inteligência emocional e por ruídos de comunicação? Imagino que a resposta tenha sido: inúmeras. Por esta razão é que as soft skills estão cada vez mais em evidência na gestão corporativa, nos momentos da contratação, promoções internas e até no desligamento, em que raras são as vezes que o interlocutor aborda os motivos, fato este que normalmente ocorre por inabilidades comportamentais e não técnicas.

Uma recente pesquisa do LinkedIn (realizada com mais de 660 milhões de profissionais) mostrou que entre as competências mais requisitadas estão: Colaboração, Adaptabilidade, Criatividade, Persuasão e Inteligência Emocional. Além destas, minha vivência na área de Recursos Humanos ainda agrega como imprescindíveis: Empatia, Flexibilidade, Comunicação Interpessoal, Organização e Liderança.
Falando a respeito de pessoas em uma organização, é essencial que haja empatia e respeito entre elas. Existe uma pluralidade que ajuda a fortalecer a cultura e o engajamento. Cada pessoa carrega dentro de si virtudes que podem gerar benefícios às organizações. Um indivíduo pode produzir ideias interessantes e ter muito a agregar aos processos empresariais. É preciso ter muita sensibilidade ao lidar com pessoas e entender as suas aptidões e vulnerabilidades. Procurar se colocar no lugar do outro é uma atitude nobre e o grande segredo para boas relações humanas e o engajamento. É desenvolver o altruísmo.
A flexibilidade é uma competência que mostra a capacidade de se ajustar perante as mudanças e sempre tirar uma lição positiva da situação. Aceitar essas mudanças é a característica principal de um profissional flexível. Apesar de ser uma competência fundamental nos perfis de contratação, ainda precisa ser lapidada no mundo corporativo.

A comunicação é a principal base para uma gestão de alta performance e o engajamento. Para que o conceito de liderança humanizada se fortaleça nas organizações, é necessário que se sustente em 4 pilares:
- Comunicação eficiente entre líderes e liderados;
- Foco nas necessidades dos colaboradores;
- Interação e integração entre as áreas e respectivos times;
- Alinhamento dos processos com o perfil dos profissionais.
Portanto, as habilidades técnicas envolvem a facilidade para a realização das tarefas e atribuições ao passo que as habilidades humanas referem-se à facilidade em lidar com relações interpessoais e grupais. Note que é importante que a organização tenha profissionais habilidosos em se comunicar, liderar, conciliar interesses e solucionar conflitos. Com certeza é o que toda empresa deve buscar. Sendo assim, lanço a pergunta: Há como desenvolver as soft skills?
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